A Check Point Software Technologies, uma das maiores empresas de segurança na Internet e de redes, anunciou que vai comprar os negócios com aparelhos de segurança da Nokia por um valor não revelado.
A transação deve ser concluída em março de 2009, a depender da aprovação de autoridades regulatórias. Presumindo que a operação seja concluída em tempo, a aquisição “elevará em mais de 100 milhões de dólares o faturamento da Check Point em 2009”, disse Gil Shwed, presidente-executivo da Check Point, em uma entrevista coletiva.
“A aquisição elevará nosso faturamento desde o primeiro dia. Trata-se de uma empresa boa e lucrativa”, afirmou. A Check Point tem mais de 100 mil clientes e deve registrar faturamento de 807 milhões de dólares em 2008 e 847 milhões de dólares em 2009, de acordo com a Reuters Estimates, sem considerar a aquisição.
A Nokia havia anunciado em setembro que estava em estágio avançado de negociação para vender sua divisão de aparelhos de segurança a um investidor do setor financeiro, mas o acordo não se concretizou, o que abriu uma oportunidade para a Check Point.
Nokia e Check Point colaboraram ao longo dos últimos 10 anos, com a maior parte dos 220 mil aparelhos que a Nokia instalou no mundo equipados com software da Check Point. “Como pioneira nos aparelhos de segurança, a divisão de dispositivos de segurança da Nokia vem sendo uma importante parceira estratégica da Check Point e nos ajudou a conquistar uma liderança histórica nesse mercado”, disse Shwed.
A divisão da Nokia tem sede na Califórnia, 500 funcionários e mais de 23 mil clientes. Shwed disse que a Check Point ainda não havia desenvolvido um plano de integração e por isso não poderia dizer se haverá demissões na divisão da Nokia. Mas ele informou que não há cortes planejados na Check Point.
“A aquisição reforçará nossa posição no que tange a enfrentar a recessão mundial”, disse Shwed. A Check Point, que dispunha de reservas de caixa de US$ 1,4 bilhão no final do terceiro trimestre, vai continuar procurando oportunidades de aquisição, acrescentou o executivo.
Tova Cohen
Reuters
24/12/08