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Grupo do Japão pede que Google suspenda serviço de mapas

Um grupo de advogados e professores japoneses pediu na sexta-feira que o Google deixe de fornecer imagens detalhadas de cidades japonesas na Internet, afirmando que elas violam os direitos de privacidade.

O serviço Street View do Google oferece imagens ao nível do solo e em 360 graus de 12 cidades japonesas e também é oferecido em cerca de 50 cidades dos Estados Unidos e em algumas áreas da Europa.

O serviço permite que os usuários percorram uma rua virtualmente como o fariam se estivessem no local, e usem o mouse para ajustar as vistas que encontram ao nível da rua.

“Suspeitamos fortemente de que aquilo que o Google vem fazendo represente violação profunda de um direito humano básico”, disse Yasuhito Tajima, professor de direito constitucional na Universidade de Sophia, em Tóquio.

“É necessário alertar a sociedade de que um gigante da tecnologia da informação está violando abertamente os direitos de privacidade, que são direitos importantes dos cidadãos, por meio desse serviço”, acrescentou ele.

O escritório do Google em Tóquio não comentou o assunto.

A Campanha Contra a Vigilância da Sociedade, uma organização civil japonesa liderada por Tajima, quer que o Google deixe de fornecer o serviço Street View em cidades japonesas e que elimine todas as imagens.

As preocupações quanto à privacidade geradas pelo serviço do Google vêm ganhando destaque na imprensa japonesa, especialmente depois que algumas pessoas encontraram imagens suas no Street View.

Preocupações semelhantes foram expressas em outras partes do mundo, como os Estados Unidos e a Europa.

Em um caso, uma mulher foi mostrada tomando banho de sol e em outro um homem aparece saindo de uma casa de strip-tease em San Francisco.

Em março, o Google anunciou que atenderia a um pedido do Pentágono e removeria algumas imagens do Street View, por medo de que elas representassem ameaça à segurança de bases militares norte-americanas.

O Google Maps e o Google Earth, dois serviços disponíveis via Web, atraíram críticas em diversos países por fornecerem imagens de locais sensíveis, como bases militares e possíveis alvos de ataques terroristas.

Reuters

19/12/08

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